quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Carrossel


Fonte: Reprodução

“Embarque neste carrossel. Onde o mundo é faz de conta, a terra é quase céu!”

Esta canção e as aventuras de crianças mexicanas embalaram a infância de grande parte de brasileiros de maio de 1991 a abril de 1992, período em que o SBT apresentou os 375 capítulos da novela Carrossel.

Uma turma de garotos da segunda série do ensino fundamental da Escola Mundial aprontava demais, animando e emocionando a gurizada por aqui.

Enomre sucesso no Brasil – e no México, claro, seu país de origem – a novela foi produzida em 1989, sendo um remake (refilmagem) de uma novela argentina de 1966, chamada Jacinta Pichimahuida, segundo a InfanTV.

Com a obra, o SBT conseguiu algo raríssimo até hoje, ultrapassar algumas vezes o Jornal Nacional, da Globo, em audiência.

A professora Helena (Gabriela Rivero), tinha que ensinar e cuidar da molecada levada. Com sua voz doce, sempre ajudava a todos também fora da escola.

Confira trechos do primeiro episódio da novela, incluindo a abertura

Fonte: alissonvalloto/YouTube - ArquivoTV

Veja entrevista com alguns dos atores, 15 anos após as filmagens originais

Fonte: zdsva/YouTube

Personagens

Professora Helena Fernández (Gabriela Rivero): além de ensinar, com paciência e jeito meigo, ajudava aos alunos em momentos de crises familiares. Era bastante querida e respeitada por todos.

Cirilo Rivera (Pedro Javier Viveros): para os mais novos que assistem ao seriado “Todo o Mundo Odeio o Chris”, saibam que este guri aí é tão “sortudo” quanto o Chris.

Menino ingênuo, Cirilo caia em quase todas as armações que os valentões armavam contra ele. Era motivo de zoação várias vezes.

Apaixonado pela menina considerada a mais bonita da turma, Maria Joaquina, Cirilo era esnobado por sua amada. De família bastante rica, ela não suportava o fato de ele ser pobre e era preconceituosa com Cirilo, por ele ser negro.

Todavia, no final da novela, a guria mimada se arrepende de todos os males que causou a Cirilo, se desculpa e passa a gostar dele.

Maria Joaquina (Ludwika Paleta): riquinha mimada que adorava esnobar a todos. Mas, muitas vezes, ajudou os colegas. No final da trama, se arrepende das diversas tristezas que causou em Cirilo – garoto apaixonado por elea – e se torna amiga dele.

Laura Gignoni (Hilda Chávez): gordinha romântica. Passava o dia com algo para comer na mão, geralmente, um sanduíche. "Isso é tão romântico", “Você é muito antiromântico" e “Isto é muito sentimental" foram bordões que pegaram entre agurizada brasileira.

Kokimoto Mishima (Yoshiki Taquiguchi): de descendência oriental – com direito a faixinha de carateca na cabeça e tudo –, ele não era de levar desaforo para casa.

No começo, era da bandinha do mal da turma, mas, logo passou para o lado bom da força.

Davi Rabinovich (Joseph Birch): aluno de descendência judáica, não perdia tempo em cantar as meninas. Por isso, sua namorada Valéria sempre chamava sua atenção, ficando brava com ele.

Valéria Ferreira (Krystel Klithbo): esta é a pestinha da sala. Vive aprontando armadilhas para pegar os colegas e até a professora Helena. Namorava Davi.
Era uma menina levada, mas de muito bom coração. Dentre as passagens mais marcantes da personagem estão os capítulos em que passou dias inteiros costurando bonecas de pano para vender, visando ajudar o pai a pagar uma dívida. Por conta do cansaço, não ia bem na escola e passou a ser repreendida por professores e pelos pais, que não sabiam da boa ação que estava fazendo em segredo.

Jaime Palillo (Jorge Granillo): gordinho atrapalhado e levado. Amigo de todos, tinha um excelente coração. "Mas que droga de cabeça" era a frase que entoava quando fazia alguma besteira.

Rafael Palillo: pai do Jaime. Era um mecânico bronco e de bom coração.

Carmem Carrilho (Flor Eduarda Gurrola): filha de pais separados, ela sofria muito com esta situação. Meiga e bastante estuidiosa, passou por grandes apuros. Além de ser uma das mais pobres meninas da escola, ainda sofreu com uma apendicite.

Mario Ayala (Gabriel Castañon): a verdadeira peste da novela. Entrou já no decorrer da trama. Vivia com a madrasta – com quem não se dava bem – e com a meia-irmã. O pai vivia viajando a trabalho.

Expulso de outras escolas, foi para a Mundial e, no primeiro dia de aula, fez tantas chacotas que fez com que a professora Helena chorasse.

Com o passar do tempo, ele foi melhorando o comportamento e todos viram que ele não era tão mal assim, só mal compreendido. Algum período depois que entrou na escola, estava prestes a ser expulso novamente, mas, a professora Helena disse que confiava nela e isso fez com que ele passasse a gostar de todos.

Dentre as passagens mais marcantes dele estão os episódios com o cão que encontrou, o Rabito. Era um vira-lata que, por incrível que pareça, pertencia à família de uma menina bem rica.

Ele teve de devolver o bichinho – que chamva-se mesmo era Caramelo – mas, grata por ele ter cuidado bem do animalzinho e ainda devolvê-lo, a menina e o pai deram outro cãozinho a Mário. O pastor alemão recebeu o mesmo nome que ele dera ao outro, Rabito. Daí em diante, a dupla protagonizou inúmeras aventuras, com os demais integrantes da trupe.

Paulo Guerra (Mauricio Armando): Este aí não teve jeito. Era o que mais aprontava e zoava os colegas.

Marcelina Guerra (Georgina García): irmã gêmea de Paulo, mas, justamente o contrário dele. Ajudava sempre a todos.

Adriano: Quase não tinha histórias sobre ele. Passava a maior parte do tempo com sono, bocejando, cochilando ou no mundo da lua.

Daniel Zapata (Abraham Pons): se for verdade que toda turma deve ter um líder, talvez este seria o da trama de Carrossel. Inteligente e responsável, sempre tinha a decisão mais sensata a tomar nas diversas ocasiões de enrascada que os colgeas se metiam.

Criou a "Patrulha Salvadora", uma entidade de garotos que ajudava todos que precisassem.

Bibi Smith: fala muitas coisas em inglês, pois é filha de americanos.

Clementina: foi salva pela “Patrulha Salbvadora”, das mãos de suas tias, que a matinham presa em cárcere privado – até mesmo sem ir à escola – depois que seus pais morreram.

Jorge Delsalto (Rafael Omar Lozano): o mais rico e mais esnobe de todos. Vivia sacaneando Cirilo, pois também era apaixonado por Maria Joaquina.

Ele seu carrinho branco motorizado faziam sucesso com as meninas. Mas, perdeu numa corrida com Cirilo – que pegou um carrinho a motor emprestado – e teve de perder a pose de bonzão.

Senhora Oliva (Beatriz Moreno): a diretora da escola. Solteirona rabujenta, vivia azucrinando a vida dos alunos.

Firmino: o porteiro amado por todos. Velhinho, dava excelentes concelhos à garotada. Mas, quando eles arrumavam confusão e travessuras, acabava ajudando, escondendo os guris.

Doroteia: faxineira atrapalhada.

Senhor Morales: empresário patrono da Escola Mundial. Era um bom homem.
Senhorita Matilde (Raquel Pankowsky): a professora de música má. Ela sempre caia nas armações de Paulo e Mário. Após os vários ataques de nervos causados pelas brincadeiras dos travessos, ela precisa sair da escola para cuidar da saúde abalada.

Professora Suzana: substituiu Helena em algumas aulas, após ela ficar doente. Por conta de ter entrado no lugar da querida professora, os alunos a tratam mal. Ela fica triste, mas não desiste de tentar ganhar o coração dos estudantes. Meiga como Helena, logo ganha o respeito da turma. Quando a titular volta do período de recomposição da saúde, passa a lecionar em outra turma, mas sempre aparece para ajudar aos alunos no que for preciso.

Professor René: depois que Matilde sai, ele aparece para dar aulas de música. A professora Helena até se apixona por ele, mas, no fim ele se casa com a professora Suzana.

Professora Glória: também substituiu Helena algumas vezes. Era má e os alunos a detestavam. Mas, depois, decobriram que ela agia desta forma porque sofria com a doença da filha, que não podia andar. Ela se torna uma pessoa melhor e os alunos a ajudam com os cuidados para com a filha.

Observações

Logo após o término de sua exibição no Brasil, o SBT reprisou a novela, tamanho o sucesso. As reprises foram em 1993, 1995 e 1996.

A admiração por aqui era tanta, que Gabriela Rivero (a professora Helena), foi homenageada em visita ao País pelo presidente da República na época, Fernando Collor de Mello. Ela desceu a rampa do Planalto com ele e tudo.

Em 1992, uma noiva versão – chamada "Carrusel de las Américas" ("Carrossel das Américas") – foi feita. Dez anos depois, "¡Vivan los niños!" ("Viva às Crianças!”) foi uma nova tentativa de remake. Por aqui, foi chamada de Carrossel 2, quando apresentada no SBT em 2003. Ambas não fizeram sucesso.

(Com informações também da Wikipedia)

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